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Espetáculo da companhia Acrobático Fratelli, encenado numa piscina, une técnica circense, nado sincronizado e dança acrobática

 

Bell Bacampos

Em sua forma contemporânea de fazer circo, o espetáculo “Vitória-Régia” é apresentado em uma piscina com a projeção de um céu cheio de estrelas em uma parede.

O ator Kiko Caldas, da cia. Acrobático Fratelli e o autor da concepção do espetáculo, disse ao site Panis & Circus que gosta de “Vitória-Régia”, criado em 2009, mas que a montagem é mais difícil de ser mostrada ao público porque exige uma grande piscina no cenário.

Para compor seu personagem, a Lua, Kiko Caldas conta que raspa a cabeça.

Na interpretação da lenda, Caldas divide a direção do espetáculo com a atriz Cinthia Beranek, que também faz o papel da índia Naiá.    

 

Estrelas no céu

O relato da paixão de Naiá pela Lua, o guerreiro Jaci na lenda indígena, é feito com o movimento poético do aparelho circense da lira. A dança acrobática feita pelos dois atores circenses, Lua e Naiá, envolve um misto de sensualidade e apelo à morte que são partes da mesma realidade.

 

Lua (Kiko Caldas) e a índia Naiá (Cinthia Beranek), que mergulha nas águas atrás da imagem lunar

 

Para descrever a paixão de Naiá, a princesa da tribo, a cia. Acrobático Fratelli usa os elementos água, ar, fogo e terra, na piscina do Sesc Santana, em 9/5, durante “Circos – 1º Festival Internacional do Sesc, de Circo”.   

Quatro moças brincam como se fossem estrelas. Vestem malhas brancas com longos fios prateados na cabeça, que descem até a cintura. Na piscina, luminárias com velas dentro para simbolizar o fogo ajudam na composição do cenário.

O guerreiro, que é a Lua, interpretado pelo artista Kiko Caldas, sai da água da piscina e, em cima de uma lira, sobe rumo ao céu. Com a cabeça raspada e shorts da cor da pele, sentado na lira de forma arredondada, o artista dá vida à Lua. Sua sombra projeta-se na tela com uma árvore ao fundo.

Em seguida ele desce e mergulha na água da piscina. Ali, jovens estrelas realizam um nado sincronizado.

Segundo a lenda, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, encontrava-se com suas virgens prediletas. Sempre que gostava de uma jovem, transformava-a em estrela do céu.

 

Os dois personagens suspensos pela lira circense

 

 

Sombras da Lua (Kiko Caldas) e da índia (Cinthia) na tela

 

 

Mergulho em busca da Lua

 

A Lua (Kiko Caldas) e uma estrela

 

Naiá, a princesa da tribo, queria ser uma estrela e, por isso, subia as colinas de noite e perseguia a Lua, na esperança de ser notada. 

Nesse momento do espetáculo, é a hora da dança acrobática de Kiko Caldas e Cinthia Beranek na terra (a borda da piscina). Duas imagens se sobrepõem: a da beira da piscina e a projetada na tela. Carregada de erotismo sublimado e inquietante, a dança transborda na água da piscina. Eles sobem na lira e fazem acrobacias no ar.

 

Momento da dança acrobática realizada na beira da piscina

 

 

Projeção na tela dos dois corpos em movimento

 

 

Estrela d´água

 

A imagem da Lua na água e na tela

 

De repente a imagem da Lua reflete na piscina. Cinthia mergulha na água como se fosse a índia Naiá e ressurge de branco, em uma troca de roupa feita ao vivo dentro da piscina, como se fosse uma das jovens estrelas.

 

Nas águas, flutua a vitória-régia

 

Diz a lenda que a Lua, para recompensar o sacrifício da Naiá, que mergulhou no lago em busca de sua imagem refletida, resolveu transformá-la em uma estrela diferente daquelas que brilham no céu. Transformou-a em uma estrela das águas. Assim nasceu a vitória-régia, uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite.

 

Cinthia se troca no meio da piscina ao lado das jovens estrelas

 

 

Surge a vitória-régia na piscina do Sesc Santana

 

 

O elenco da peça no final do espetáculo “Vitória-Régia”

 

Ficha técnica

Concepção: Kiko Caldas / Direção: Cinthia Beranek e Kiko Caldas/ Coreografia: Rogério Maia / Nado sincronizado: Adriana Moura, Isabela Moura, Kiki Milani e Tayná Caldas / Trilha sonora: Cinthia Beranek e Kiko Caldas / Desenho de luz: Ari Nagô / Vídeos e animações: Samir El Shaer e Veri Ravizza / Corte e multimídia ao vivo: Veri Ravizza / Câmeras ao vivo: Samir El Shaer / Cenografia e aparelhos circenses: Acrobático Fratelli / Figurinos: Cinthia Beranek e Kiko Caldas/ Fotografia: Fábio Andrade e Carol Santiago / Técnicos: Ed Silva e Eliezer Lionel / Coordenação de produção: Acrobático Fratelli / Produção: Carol Santiago.

 

Clique aqui para acessar o site do Acrobático Fratelli 

 

 

Postagem: Alyne Albuquerque

 

 

 

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