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Público após espetáculo cumprimenta artistas; Bia Giusti imita a aramista Maíra Campos/Fotos Asa Campos

 

Próxima parada: Festival Mundial do Circo, edição Olimpíadas, no Rio de Janeiro

O Circo Zanni vai se apresentar nos dias 2 e 3 de agosto no Festival Mundial de Circo, edição Olimpíadas, no Rio de Janeiro.  As apresentações acontecem às 20h, na Escola Nacional de Circo, à rua Elpídio Boamorte, 4, Praça da Bandeira.

Em São Paulo, a curta temporada do Zanni, de 22 a 24 de agosto, no Sesc Pinheiros, foi um sucesso. “Devia ter mais uma, mais duas, mais dez, mais cem apresentações do Zanni”, afirma a professora Sônia Lúcia Costa. O menino Ibrahim Santos, 10, acrescenta: “mais 1.000”. A menina Bia Giusti imitava a aramista Maíra Campos, após o espetáculo, ao andar em uma risca do chão do hall do Sesc Pinheiros como se fosse um fio de arame. 

 

Maíra Campos no número do arame / Foto Asa Campos

 

Plasticidade em cena

Mônica Rodrigues da Costa, especial para Panis & Circus*

O espetáculo do Circo Zanni de 2016 no Teatro Paulo Autran em 22/7/16 mostrou técnica e variedade de números, já apresentados pelos artistas do grupo, e, por isso mesmo, bem treinados e agradáveis ao público. Isso ocorreu com as atrações realizadas pelas atrizes do Zanni, como Maíra Campos, que deu show de coreografia no arame com música ao vivo. O desafio do número foi equilibrar o ritmo-tempo da composição musical com os passos da bailarina no fio tenso.

 

Erica Stoppel e Bel Mucci no número da centopeia / Foto Asa Campos

 

Números como o da corda marinha, com Lu Menin, sempre empolgam a plateia e a gente não cansa de rever. A acróbata encosta no teto do teatro e faz viradas inacreditáveis na corda, em voos que revelam o contraste arriscado entre quedas e subidas.

 

 

O número de “quick change” da atriz convidada Dani Rocha-Rosa também recebeu aplausos animados do público. Em um espaço de minutos (a duração média de um número de picadeiro, de 5 minutos a 10 minutos), essa atriz troca de figurino pelo menos nove vezes, por simplesmente entrar em uma tenda com uma roupa e sair em dois segundos com novo figurino.

 

Dani Rocha-Rosa com vestido dourado em "Quick Change"

 

Dani Rocha-Rosa em “Quick Change” com Lu Menin / Fotos Asa

 

Erica Stoppel e Bel Mucci sobressaíram-se na lira, realizada coletivamente (também com Lu Menin e Dani Rocha-Rosa) e com vários desses equipamentos, duas liras no centro do palco e outra dupla na lateral fazendo uma composição plástica entre as acrobacias e o figurino.

O número das mulheres vestidas de saias-alface, fofas e longas, compõe belas figuras animadas e a coreografia da mulher com várias pernas –uma centopeia- provoca impacto.

 

Daniel Pedro no número do sofá / Foto Asa Campos

 

Daniel Pedro estava bem à vontade na exibição de acrobacias na poltrona ao ler um livro. O volume cai e o ginasta procura pelo livro com saltos e giros inacreditáveis. Algumas crianças da plateia chamaram o número de “O Livro Assassino” quando ele aperta o pescoço do acróbata. O final da atração é explosiva.

Marcelo Lujan e Pablo Nórdio no número cômico do Diabolô / Foto Asa Campos

 

 

Marcelo Lujan e Pablo Nórdio em “Sentimental” /Foto Asa Campos

 

Cada número do espetáculo de 2016 foi costurado com muita música ao vivo e com a atração condutora do espetáculo, que foi a encenação da dupla de palhaços Pablo Nordio e Marcelo Lujan. Eles executaram várias encenações –trocadilhos e piadas em que um faz o outro se desequilibrar e cair ou se molhar ou quadro de ilusionismo de mentirinha – as crianças riram muito e os adultos também se divertiram à larga.

A banca tocou nos mais variados ritmos, sem se limitar a composições típicas do picadeiro. O som do jazz urbano dos musicais norte-americanos foram incorporados ao rock, à salsa, ao tango e ao samba já executados pelo grupo ou citados ironicamente pelos instrumentistas.

A banda com Marcelo Lujan, Pablo Nórdio, Daniel Pedro, Nereu Ramos (bateria) e um dos integrantes do grupo Dois Pi R na guitarra é um show animado.

 

Serviço

Direção artística: Domingos Montagner e Marcelo Lujan

Com: Fernando Sampaio, Erica Stoppel, Daniel Pedro, Maíra Campos, Pablo Nordio, Lu Menin, Marcelo Lujan e Bel Mucci. Atores convidados: Daniela Rocha-Rosa, Fernando Paz e Nereu Afonso.

 

Símbolo do Zanni na casa-instalação no Sesc Pinheiros / Foto Asa Campos

Banda do Zanni no Sesc Pinheiros/SP / Foto Asa Campos

 

Nathalia Presser, atriz convidada, no número do tecido / Foto Asa Campos

Festival Mundial de Circo – edição Olimpíadas

Local: Escola Nacional de Circo – rua Elpídio Boamorte, 4 – Praça da Bandeira – Rio de Janeiro

Essa edição do Festival Mundial do Circo vai homenagear o circo brasileiro. “O mestre Biribinha vai trazer a tradição e força do Circo Teatro Nordestino. Celebrando a simplicidade de rua e a grandiosidade do circo, teremos a apresentação do Circo Teatro Artetude do Distrito Federal. Para fechar com medalha de ouro, o Circo Zanni. Formado por artistas de origem diversificada, que aprenderam o circo com seus mestres, dentro e fora das escolas”, destaca o folheto do Festival.

Programação gratuita

Dia 30/7 – sábado, às 19h

“Magia” com a Cia. Turma do Biribinha

Dia 1/08 – segunda-feira, às 19 h

“O Grande Circo dos Irmãos Saúde” com Circo Teatro Artetude (DF) e às 20h debate: “A Arte e o Ofício do Palhaço”, com os artistas do Circo Teatro Artetude, além de Luiz Carlos Vasconcelos

Dias 2/8 e 3/8 – terça e quarta-feira, às 20h

Circo Zanni – com Circo Zanni (SP)

Dia 4/8 – quinta-feira, às 19h

Exibição do filme documentário “So(bre) a Lona”, a trajetória do Circo Zanni e bate papo com seus integrantes.

 

*Mônica Rodrigues da Costa, poeta e jornalista frila, especializada nas coberturas de assuntos da infância, como literatura e teatro para crianças, e do circo.

 

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