Da Redação*
Respeitável público compareceu e aplaudiu o espetáculo Cachimônia, da cia. Artinerant´s, no teatro Sesc Sorocaba, no sábado, dia 11 de janeiro, às 20 horas.
Cachimônia é um espetáculo que mistura circo, música, humor e artes plásticas, num teatro físico, para contar a história de um casal que vive no campo em jornada de embriaguez dos sentidos.
O circo é utilizado para criar situações insólitas, que carregam truques, magia, acrobacia e equilibrismo.

O nome cachimônia está ligado a ‘cachola’ – popular referência ao sofisticado intelecto ou a complexa cabeça. A palavra Cachimônia – como o espetáculo – tem duplo sentido: pode significar a paciência e equilíbrio, no caso, a do casal ao enfrentar o cotidiano com seus altos e baixos ou a coragem deles em virar esse cotidiano de ponta cabeça com saltos acrobáticos e questionar: você tem a Cachimônia (coragem) de dizer ou fazer isso?
Riso e Risco resumem as peripécias do casal em sua casa de campo e seu ‘papo cabeça’.

Cachimônia é o terceiro espetáculo da trilogia da Cia. Artinerant´s, criado pelos artistas Maíra Campos e Daniel Pedro que também são sócios do Circo Zanni.

Em janeiro de 2019, Maíra e Daniel Pedro realizaram residência artística no Circo Migra em La Paloma, Uruguai, locomovendo-se e morando em um motor home. A viagem durou quase dois meses e ao longo dela foram realizadas apresentações de espetáculos na rua. A residência teve o objetivo de dividir a criação e direção do espetáculo Cachimônia, com Tato Villanueva – ator, palhaço, professor e diretor argentino reconhecido por sua excelência na arte de atuar e ensinar a arte circense.

Cachimônia contou também com a direção de Lu Lopes, a palhaça Rubra. Ela dirigiu os dois primeiros espetáculos da trilogia: Vizinhos e Balbúrdia.
Vizinhos
O público se diverte, em Vizinhos, o primeiro espetáculo da trilogia, com o cotidiano de um homem e de uma mulher que dividem um espaço em que os objetos domésticos se transformam e assumem funções diferenciadas, flertando com o surrealismo. É o caso de um sofá que vira trampolim e de um livro que queima na mão do homem/leitor. Ou ainda de um ‘fio’ de arame como fosse um varal de roupa em que a mulher caminha e se equilibra diante dos desafios do cotidiano.
Balbúrdia
Balbúrdia, o segundo espetáculo, discute por meio da arte circense as relações de um casal, que inventa e reinventa suas narrativas para explicar o seu convívio. Eles apresentam situações de ternura e tensão. A montagem interpreta as reações masculina e feminina diante dos acontecimentos com humor. A mulher, mais irônica, faz pirraça e fica, literalmente, com a macaca diante de peripécias do companheiro. Ele monta um mosaico de madeira de equilíbrio tênue que pode desmoronar, assim como o amor, a qualquer momento.
É o amor na corda bamba.

Cachimônia
Local: Sesc Sorocaba – Teatro – rua Barão de Piratininga, 555 – Jardim Faculdade
Sorocaba fica distante 97 km de São Paulo e o acesso a cidade pode ser feito pelas rodovias Castelo Branco ou Raposo Tavares
Dia e horário: sábado 11/1, às 20 horas
Ingressos:
R$ 9,00 – credencial Sesc
R$ 15,00 – meia-entrada
R$ 30,00 – inteira
Duração: 50 minutos
Classificação etária: livre
Ficha técnica
Criação: Artinerant’s e Tato Villanueva
Direção: Lu Lopes
Elenco: Daniel Pedro e Maíra Campos
Figurino: Artinerant’s
Direção de arte: Joana Lira
Desenho de luz: Dodô Giovanetti
Cenotécnica e contrarregragem: Edimar Santos
Trilha Sonora: Artinerant’s, Fê Stok e Lu Lopes
Idealização de projeto e produção: Marina Ferreira
Idealização de projeto e produção: Marina Ferreira


Legenda Foto de Capa – Maíra Campos e Daniel Pedro em cena de Cachimônia/Paulo Barbuto