Skip to main content

.

.

A partir deste mês será possível conferir e se divertir com os espetáculos do Artinerant’s sem sair de casa. Maíra Campos e Daniel Pedro, que formam o Artinerant’s, grupo que está completando 7 anos de estrada, irão apresentar Vizinhos, Balbúrdia e Cachimônia este mês e em junho, julho e agosto no canal do Youtube do grupo.

Em maio, a série começou na sexta feira com Vizinhos (7 de maio), e é seguida por Balbúrdia (14 de maio) e Cachimônia (21 de maio). Para ver Balbúrdia, nessa sexta 14/5, às 20h, no Youtube acesse https://www.youtube.com/watch?v=vFGsdi7qO_Y

.

.

Vai ser transmitido também pelo canal do Youtube da cia @artinerant´s

https://youtube.com/channel/UCyg_cfCbDO0eFDdehmitMtg

.

Os três espetáculos, por causa da pandemia, foram gravados em março, sem a presença de público, sob a lona do Circo Zanni, instalada no quilômetro 26 da Rodovia Raposa Tavares.

A formatação adotada para exibir esta Mostra do Repertório de Artinerant’s é resultado de adaptação de um projeto aprovado no ProAC Expresso da Lei Aldir Blanc, que iria realizar circulação documentada dos espetáculos em cidades do interior de São Paulo. Mas apresentações presenciais foram suspensas em razão do coronavírus. Foi então que o grupo optou por gravar os espetáculos para levá-los ao público por meio do YouTube.

.

Balbúrdia: com a macaca no castelo de madeira

.

Em Balbúrdia, por meio da arte circense são apresentadas as relações de um casal, que inventa e reinventa suas narrativas. O espetáculo expressa situações de ternura e tensão. Em uma das cenas, o homem usa esmerilhadeira que produz barulho e faíscas enquanto a mulher desce por cordas ao som de música clássica – quase operística. Contraste e confronto. Ao descer das cordas de ponta cabeça ela consegue encontrar o ombro amigo do companheiro de travessia da vida. Em outra cena, a mulher, mais irônica, faz pirraça e fica com a ‘macaca’ diante das peripécias do companheiro. Ele monta um castelo de madeira de equilíbrio tênue que pode desmoronar a qualquer momento, assim como o amor.

.

Vizinhos: flerte com o surrealismo

Criada em 2013 por Maíra Campos e Daniel Pedro, artistas que trabalham juntos desde 2003 no Circo Zanni, Vizinhos é a primeira montagem do Artinerant’s. O espetáculo apresenta o cotidiano de um homem e uma mulher no qual objetos domésticos se transformam e ganham novas funções. Como no caso de um sofá que se ‘transforma’ em um trampolim para os saltos do acrobata ou de um varal que vira um fio para o caminhar e o trocar de roupa da equilibrista em metáfora do dia a dia. Um flerte com o surrealismo.

.

Cachimônia: noites de delírio e embriaguez

.

Cachimônia, o terceiro espetáculo, está relacionado à ‘cachola’ (cabeça). Trata de uma “longa jornada noite adentro” mesclada de embriaguez e delírio. Tem direito a máscara de cabra da personagem interpretada por Maíra Campos, salto alto com lantejoulas em dança de Daniel Pedro, mãos, braços e cabeças de manequim, fileira irônica de litros de leite de vidro vazios, sob o signo da acrobacia e equilibrismo, com humor e música.  

Aliás, um destaque na trilogia do Artinerant’s é a trilha sonora dos três espetáculos: de Summertime, do popular e eterno Gershwin a Piel Canela, do Trio Los Panchos.

.

Serviço:

Transmissões de espetáculos do repertório

Local: Canal do YouTube:

Espetáculo Vizinhos, dia 7 de maio, às 20 horas

Espetáculo Balbúrdia, dia 14 de maio, às 20 horas

Espetáculo Cachimônia, dia 21 de maio, às 20 horas

Ingressos gratuitos

.

Confira os comentários a respeito dos espetáculos

Vizinhos: ‘Espetáculo surpreende a cada cena’

Por Cafi Otta*

.

“Como é bom sentar para assistir um espetáculo e se surpreender a cada cena apresentada! Daniel Pedro e Maíra Campos, que também fazem parte da família do Circo Zanni, criaram essa companhia (Artineran’s) e mostraram em seu trabalho de estreia (Vizinhos) que circo combina mesmo com outras linguagens como dança e teatro.

O que se viu no palco do Sesc Consolação foi uma sucessão de encontros e desencontros entre um homem e uma mulher – um casal, vizinhos, amigos… pouco importa – permeados por imagens lindas e surreais, que ilustram de forma bela, cômica, patética e, às vezes, grotesca a relação entre estas duas pessoas. Não precisam de palavras para fazer isso. Usam gestos precisos e coreografados, abusam de olhares sinceros e despretensiosos, e por isso tão reais, e se apoiam sem medo no circo que dominam tão bem. Ou seja, eles não contam uma história específica. Eles permitem que o público crie em sua imaginação uma infinidade de histórias que podem acontecer entre este homem e esta mulher, ou entre eles e seres fantásticos. A direção de Lu Lopes aparece em cada cantinho do cenário, em cada segundo do espetáculo, em cada gesto dos atores, e até no cabelo de Maíra, que lembrava muito o cabelo da palhaça Rubra. Um trabalho de aguçamento da sensibilidade e da escuta entre os dois. Uma escuta muito sutil e ao mesmo tempo muito profunda.”

*Trechos do comentário de Cafi Otta, artista circense (que hoje comanda o podcast Papo de Circo) sobre o espetáculo Vizinhos, no site Panis & Circus  

Vizinhos

Duração

50 minutos

Ficha técnica

Direção: Lu Lopes


Criação e elenco: Nié (Daniel Pedro) e Maíra Campos

Figurino: Artinerant’s

Cenografia: Flavia Mielnik

Trilha Sonora: Artinerant’s e Lu Lopes

Desenho de luz: Paulo Souza

Cenotécnica e contrarregragem: Edimar Santos

Produção: Eu.Circ (Marina Ferreira)

.

Balbúrdia: ‘Dupla atinge alto grau de beleza ‘ 

Por Beth Néspoli*

.

“Balbúrdia principia contrariando frontalmente o significado de bagunça embutido no título. Maíra (Campos) e Daniel (Pedro) se revelam exímios acrobatas executando evoluções não apenas com altíssimo grau de destreza e precisão, mas também com a leveza e graça. A resultante da articulação entre aparelhos, figurinos, movimentação e expressividade corporal da dupla atinge aquele grau de beleza capaz de provocar enlevo nas plateias.

… em lugar daquele rufar de tambores que valoriza o feito acrobático, é como se a dupla compartilhasse com o público momentos de treinamento e de brincadeira. Tal atmosfera, apenas sugerida inicialmente, vai aos poucos se delineando com traços mais fortes, e ganha o campo do humor explícito na reta final da apresentação, quando Daniel faz um trabalho de solda enquanto Maíra realiza uma sofisticada e arriscada evolução na corda, lançando faíscas sobre ela. O troco virá no número final, aquele que justifica o título, quando ela, com máscara e gestos desajeitados, irá literalmente destruir o trabalho do partner.” 

* Trechos do texto de Beth Néspoli, editora, jornalista e crítica, sobre Balbúrdia, no blog Circos do Sesc.

Balbúrdia

50 minutos

Classificação etária

livre

Ficha técnica

Direção: Lu Lopes


Elenco: Nié Pedro e Maíra Campos

Cenografia: Cris Decot

Figurino: Artinerant’s

Desenho de luz: Paulo Souza

Cenotécnica e contrarregragem: Edimar Santos

Trilha Sonora: Artinerant’s e Lu Lopes

Produção: Eu.Circ (Marina Ferreira)

.

Cachimônia: “Blue do riso e risco”

Por Lisbeth Rodrigues*

.

Cachimônia é um espetáculo que mistura circo, música, humor e artes plásticas, num teatro físico, para contar a história de um casal que vive no campo em jornada de embriaguez dos sentidos. O circo é utilizado para criar situações insólitas, que carregam truques, magia, acrobacia e equilibrismo. O nome cachimônia está ligado a ‘cachola’ – popular referência ao sofisticado intelecto ou a complexa cabeça. A palavra Cachimônia – como o espetáculo – tem duplo sentido: pode significar a paciência e equilíbrio, no caso, a do casal ao enfrentar o cotidiano com seus altos e baixos ou a coragem deles em virar esse cotidiano de ponta cabeça com saltos acrobáticos e notas musicais. Blue do Riso e Risco resumem as peripécias do casal em sua casa de campo e seu ‘papo cabeça’.

Durante a criação de Cachimônia, Maíra e Daniel Pedro fizeram, em janeiro de 2019, residência artística no Circo Migra em La Paloma, Uruguai, locomovendo-se e morando em um motor home. A residência teve o objetivo de dividir a criação e direção do espetáculo Cachimônia, com Tato Villanueva – ator, palhaço, professor e diretor argentino reconhecido por sua excelência na arte de atuar e ensinar a arte circense. Cachimônia contou também com a direção de Lu Lopes, a palhaça Rubra. Ela dirigiu os dois primeiros espetáculos da trilogia: Vizinhos e Balbúrdia.”

*Trechos do comentário da jornalista Lisbeth Rodrigues, no site Panis & Circus  

Cachimônia

50 minutos

Classificação etária: livre

Ficha técnica

Criação: Artinerant’s

Direção: Lu Lopes e Tato Villanueva

Elenco: Nié Pedro e Maíra Campos

Figurino e cenografia: Artinerant’s

Adereços: Cris Decot

Direção de arte: Joana Lira

Arranjos musicais: Renato Faria

Coreografia: Marcelo Vasquez

Desenho de luz: Dodô Giovanetti

Cenotécnica e contrarregragem: Edimar Santos

Trilha Sonora: Fê Stok e Lu Lopes

Design gráfico: Agatha Campos

Fotografia: Paulo Barbuto

Filmagem: André Marques Albuquerque

Produção e idealização de projeto: Eu.Circ (Marina Ferreira)

Leave a Reply