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Clique aqui para assistir o trailler do espetáculo.

Ivy Fernandes de Roma

O Cirque du Soleil já tem data marcada para renascer para o público. Será no dia 28 de junho em Las Vegas, no estado norte-americano de Nevada. As entradas estão à venda desde o fim de abril.

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“É natural começarmos por nosso palco favorito, Las Vegas, onde registramos nossos maiores sucessos”, afirma Daniel Lamarre, presidente da empresa Cirque du Soleil. “Estamos quase prontos para a apresentação, em 28 de junho, de Mystère, e em 1.º de julho, o do espetáculo aquático O. São dois shows icônicos. Eles foram criados nos anos 90 pela dupla de coreógrafos Franco Dragone e Gilles Ste-Croix e, agora, renovados, serão relançados”, explica Lamarre.

Espetáculo O do Soleil no hotel Bellagio, em Las Vegas / Divulgação

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A escolha de Las Vegas para a retomada da atividade também tem a ver com o cenário de imunização contra o coronavírus nos Estados Unidos. O governador de Nevada, Steve Sisolak, em anúncio recente afirmou que o estado está pronto para receber turistas com a máxima segurança a partir de 1º de julho.


“Quando chegarmos lá próximo do fim de junho, cerca de 80% da população de Las Vegas já terá sido vacinada, incluindo todos os funcionários da MGM e todos os funcionários do Cirque du Soleil. Estaremos em pleno verão. E existe um grande desejo do público americano, que passou o outono e o inverno em casa, sem poder sair, de viajar e se divertir”, explica Lamarre.

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Cena de Mystère que deve estar de volta em 28/6 em Las Vegas

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O presidente do Cirque de Soleil ressalta ainda outro aspecto a favor da escolha da cidade norte-americana. Trata-se do fato de que para grande parte dos americanos a situação na Europa ainda é muito incerta para programar viagens. “Las Vegas e Orlando são os locais mais próximos e seguros parta eles sob o ponto de vista da saúde”, explica Lamarre.


Não à toa, o espetáculo Mystère será apresentado no hotel-casino Treasure Island, que tem capacidade para 1.541 pessoas, e o espetáculo O, no Hotel Bellagio, capaz de receber 1.800 espectadores em torno de sua enorme piscina.

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Cena de Mystère

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Shows renovados
Depois de quase 30 anos, Mystère foi todo renovado. O, um dos mais longevos espetáculos, esteve em cena por 23 anos. Lamarre explica que durante esses dois anos de epidemia conversou com os artistas e mais da metade foi reintegrada à máquina du Soleil. Os dois espetáculos terão a participação de 300 pessoas, além de 200 funcionários, que estão permanentemente em Montreal.


No momento, o plano de reabertura dos shows não prevê o pedido de atestado de vacinação para o público. Mas as máscaras serão obrigatórias e outras medidas sanitárias serão postas em prática.


A prudência será máxima. “Vamos ver como a situação evolui. Se tudo correr bem com estas duas produções, o Soleil planeja reabrir seus outros espetáculos sempre em Vegas em ordem: The Beatles Love (agosto), Michael Jackson One (setembro) e Kà (outubro). As datas deverão ser confirmadas”, diz Lamarre.


O projeto é seguir passo a passo tendo como base o andamento dos dois shows pilotos de Las Vegas e depois, em novembro, estrear com Koozå, de David Shiner, que será apresentado em Punta Cana, na República Dominicana. A seguir, em 12 de janeiro de 2022, um salto maior, atravessando o Atlântico, com o show Luzia, uma homenagem ao México criado por Daniele Finzi Pasca e Brigitte Poupart, que será apresentado no Royal Albert Hall, em Londres.

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Luiza, de Daniele Finiz Pasca e Brigitte Poupart, rumo a Londres

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Segundo Lamarre, o Cirque du Soleil pretende acompanhar o ritmo da vacinação. “Por isso, vamos a Londres, porque na Inglaterra a vacinação prossegue em ritmo acelerado. No final de 2022, o Cirque gostaria de ter dez espetáculos itinerantes”, projeta o presidente.

A volta por cima
O renascimento do Cirque de Soleil, com as apresentações previstas nos Estados Unidos, se dá após quase dois anos de inatividade da maior empresa circense do mundo por causa da pandemia, que levou a companhia à sua pior crise desde a sua fundação em 1984.


Em 29 de junho de 2020, a empresa, com sede em Montreal, tomou a decisão de pedir falência como resposta ao fechamento forçado de espetáculos por causa da pandemia. A empresa foi comprada pelo Fundo de Investimento Catalyst Capital de Toronto, Ontario.

Catástrofe


Quando a epidemia do Covid-19 começou a se alastrar pelo mundo, entre fevereiro e março de 2020, o Grupo Cirque du Soleil estava com shows espalhados por vários continentes, só nos Estados Unidos tinha 10 espetáculos em cena. Foram canceladas 44 produções em todo o mundo e demitidos 4.679 acrobatas e técnicos, ou seja, 95% de seus artistas e funcionários. Além da dificuldade técnica de repatriar o pessoal, cenários, vestuário, instrumentos e técnicos. A maioria dos empregados foi demitida.


“O momento chegou e estamos prontos para entrar na pista e continuar a apresentar ao mundo as nossas produções”, diz Lamarre.


“Com certeza, a nova administração do Catalyst Capital é prudente e leva em conta o contexto econômico atual. Por isso, nossa ida para a Europa, vai depender da situação sanitária.

Devemos contar com o controle absoluto do vírus para poder programar, mas já estão previstas duas datas na Itália. E ficamos muito satisfeitos com a reação do público diante da comunicação do nosso retorno. É hora da Démarrage (significa quando uma nave sai do porto) concluiu Lamarre.

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