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Alex Marinho, do Galpão do Circo, apresenta o Cabaré de final de ano / Foto Galpão do Circo

 

 Mônica Rodrigues da Costa, especial para Panis & Circus 

“O objetivo do Galpão do Circo é montar espetáculos – circo é feito para ser apresentado e visto pelo respeitável público”. A afirmativa é de Alex Marinho, criador e diretor do Galpão do Circo há 14 anos. Segundo ele, é claro que se trabalha duro e a diversão também está presente numa escola de circo como o Galpão. Mas, em primeiro lugar estão “os cabarés mensais, do meio do semestre e do final do ano – todos abertos ao público e gratuitos. Tem cabaré até nas férias, resultado de cursos intensivos”, diz Alex.

 

Cabaré de final de ano com alunas do curso Brincando de Circo/ Foto Galpão do Circo

 

As apresentações fazem parte também da atividade curricular do Projeto Aprendiz de Circo, destinado a jovens e adultos de baixa renda. 

Val de Carvalho, professora de palhaçaria no Galpão do Circo, afirma que gosta muito de ensinar a arte de fazer rir. Ela também dirige as cenas dos palhaços nos cabarés da escola, que tem em média 300 alunos. 

“No começo do ano e no meio do semestre, a diretoria me passa quais são os esquetes que devem ser trabalhados e aí pesquiso e a gente encaixa dentro da dramaturgia do cabaré do final de ano. Nesse cabaré, os esquetes entram dando suporte à história do espetáculo.”

 

Trapézío das alunas do curso Brincando de Circo na apresentação de final de ano/ Foto Galpão

 

Ela conta que trabalha também com os Doutores da Alegria e, em outros espetáculos, tem sua companhia O e participa da Sampalhaças, que reúne 13 palhaças. “Mas é aqui (no Galpão) que está meu coração – porque é uma escola onde posso passar meus conhecimentos”.

Val relata que fazia teatro de rua e trabalhava no Teatro Oficina quando viu alguns saltimbancos fazendo uma roda rápida – típica de circo – e ficou encantada. “Perguntei para eles onde tinham aprendido aquilo e me disseram que tinha sido na Apac – Academia Piolin de Artes Circenses. Fui para lá aprender, no começo dos anos 80. Nessa época não havia palhaças, foi aí que começou a palhaçaria feminina no País. Antes, as mulheres até faziam palhaças, mas elas se vestiam de homem”.  

Ela assegura que “gosta muito de dar aula numa escola de circo porque o palhaço tem um leque grande de formas – veja você, um palhaço pode até subir no trapézio, fingir que cai e saltar. Aqui, nesta escola, eles utilizam muitos aparelhos, o palhaço ajuda muito com sua expressividade – na alegria de trabalhar uma aula bem dura, difícil, mas, ao mesmo tempo, muito divertida.”

 

Plateia aplaude os números do Cabaré do Galpão do Circo / Foto Galpão

 

 

Cursos do Galpão de Circo

Aventuras Acrobáticas do Baú Encantado e Brincando de Circo 

Alunas do Brincando de Circo em cena / Foto Galpão

 

Arte com histórias e brincadeiras. Turmas de 4 a 6 anos e 6 a 9 anos, com cursos regulares de circo, que misturam brincadeiras e jogos aos números circenses. Nas férias, têm duração de uma semana. O fio narrativo são histórias e signos musicais.

 

Aéreos

Apresentação de tecido, do curso aéreos/ Foto Galpão

 

Preparação física para utilização da técnica artística em aparelhos como o trapézio e o tecido (base para exploração dos demais aparelhos: lira, double lira, double trapézio, corda lisa e corda indiana, tecido marinho, trapézio triplo e outros aparelhos desenvolvidos e criados pela equipe local.  Idade: a partir de 13 anos.

 

Apresentação do trapézio no Cabaré/ Foto Galpão

 

 

Palhaço

Cena de palhaçaria dos integrantes do projeto Aprendiz de Circo / Foto Galpão

 

Técnicas de claques e cascatas (tapas e tombos falsos), gagues, jogos de improvisação, maquiagem e montagem de esquetes tradicionais do circo. Idade: maiores de 18 anos. Com Val de Carvalho.

 

Capoeira

Idade: a partir de 13 anos. Com Mestre Brasília.

 

Aprendiz de Circo

Integrante do Aprendiz de Circo durante o Cabaré de final de ano / Foto Galpão

 

O curso dura três anos e tem alunos jovens e adultos entre 18 e 28 anos, de baixa renda e que tenham cursado (ou estejam cursando) o ensino médio.  O projeto oferece curso pré-profissionalizante (para quem deseja trabalhar na área) e o módulo de iniciação às artes circenses (com noções básicas da arte e da técnica utilizada no circo).

Aos alunos é cobrado apenas uma taxa no valor de R$ 395,00 ao ano, referente à taxa de produção do espetáculo de encerramento, no fim do ano. O projeto tem o patrocínio da Octante Capital.

 

Professores do circo contemporâneo

No Galpão, professores que dão aulas trabalham no circo contemporâneo, como é o caso de Du Circo, professor de malabarismo, artista circense formado pelos grupos Acrobático Fratelli e Fractons; Ricardo Rodrigues, da cia. Solas de Vento, que atua ao lado de Rodrigo Matheus em “João e o Pé de Feijão”, do grupo Circo Mínimo, ou Bel Mucci, do Circo Zanni e Nathalia Presser – que já foi do Cirque du Soleil. Alex Marinho, coordenador atual do Galpão do Circo, especialista de segurança no circo, veio da Nau de Ícaros, grupo que existiu de 1997 a 2002.

Os cursos são livres e duram de dois meses a três anos. Há cursos de férias e a escola do Galpão de Circo não exige uniforme, apenas recomenda a indumentária mais confortável, o que inclui meias e presilhas para prender os cabelos.

 

Clique aqui para ter aceso a preços e horários no site, que está atualizado.

 

 

Postagem – Alyne Albuquerque

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